A vida com diabetes

Resolvi escrever este blog com base nas experiências que tenho com meu filho, que é diabético desde os 10 meses de idade.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Estresse e descontrole

Estamos passando por uma situação complicada.
A glicemia do meu filho oscila muito de acordo com o nível de estresse ao qual ele é submetido. A vida escolar não é fácil, como nós sabemos.
Provas, professores chatos, colegas chatos, sobrecarga de trabalhos, exigências por notas boas, cobranças sobre o comportamento na escola, tudo isso tem influência na forma como nosso organismo trabalha. Mas isso assume uma caráter importante numa criança com DM1 com uma sensibilidade aguçada.
Todos os dias em que ele vai à escola, a glicemia começa a subir. Passa facilmente dos 200 mg/dl e mesmo com as devidas correções ela não cede...
Depois vem a hora do intervalo em que ele come o lanche com outra correção.
Assim, ele fica com toda essa insulina circulando no organismo.
As situações de estresse disparam em nosso organismo uma série de medidas para tentar melhorar nosso desempenho nesses momentos difíceis. A liberação de adrenalina e cortisol fazem com que o fígado libere glicogênio, que faz com que a glicemia suba rapidamente. Por outro lado, o cérebro dá um jeito de fazer com que a insulina funcione mais lentamente para manter o nível de açúcar mais alto para garantir mais energia para ele mesmo. O problema é quando o momento de estresse acaba.
Toda aquela insulina que estava circulando passa a agir de uma vez. Aí vem a hipoglicemia.
Numa pessoa não diabética existem mecanismos para compensar a hipoglicemia. O pâncreas libera glucagon que inibe a ação da insulina e faz com que o fígado libere mais glicogênio para regularizar a hipoglicemia. Como nos D1 esse mecanismo não funciona, a tendência é que a hipoglicemia apenas vai piorando até que a pessoa simplesmente apaga...
O ideal é não passa por situações estressantes. Mas como evitá-los?

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