A vida com diabetes

Resolvi escrever este blog com base nas experiências que tenho com meu filho, que é diabético desde os 10 meses de idade.

domingo, 7 de março de 2010

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Carboidrato (CHO): ou hidratos de carbono, podemos chamar de carboidrato toda molécula formada por átomos de Carbono, Hidrogênio e Oxigênio. Entretanto, existem algumas combinações importantes para nós porque podem ser usadas como fonte energia, ou entram na composição de ácidos nucléicos que ajudam no funcionamento das células.
Assim, temos:
Ribose e desoxiribose que entram na composição do RNA e DNA respectivamente;
Glicose, Frutose e Lactose que representam as principais reservas de energia para os seres vivos. É a partir destas moléculas que se formam os açúcares que consumimos no dia a dia, por exemplo, a sacarose, que é o açúcar extraído da cana-de-açucar ou da beterraba, é composta por uma molécula de glicose e uma molécula de frutose. A lactose é formada por uma molécula de glicose e uma de galactose. Após a digestão, estas moléculas tranformam-se em glicose.
Onde encontramos carboidratos simples: açúcar refinado, açúcar mascavo, mel, balas, doces e refrigerantes não diet, frutas e sucos de frutas, leite, caldo de cana.
Onde encontramos carboidratos complexos: arroz, feijão, batata, farinhas, massas, pães, tubérculos em geral, milho, aveia, macarrão, pipoca, ervilha, grão de bico.

Indice glicêmico: é o valor que representa a velocidade com que um alimento faz a glicemia sanguínea aumentar. Assim, quanto maior o valor do índice glicêmico de um alimento, mais rápido ele fará com que a glicemia sanguínea suba.

Fator de correção: é a cálculo para estabeler a quantidade de insulina rápida, ou ultra rápida, é necessária para corrigir a hiperglicemia.
Para calcular o fator de correção é necessário saber a meta glicemica e o fator de sensibilidade. Supondo que a meta glicemica seja 120mg/dl e o fator de sensibilidade seja de 50mg/UI e que a glicemia sanguínea esteja em 200, teremos:
200 -120 = 80 é o quanto a glicemia precisa baixar para atingir a meta.
80/50 = 1,6 é a quantidade de insulina necessária para fazer baixar a glicemia até o nível da meta.

Fator de sensibilidade: é o quanto 1 unidade de insulina consegue baixar a glicemia sanguínea. Para calcular o fator de sensibilidade é saber primeiro a quantidade média de insulina aplicada diariamente. Em posse dessa informação é possível usar as seguintes fórmulas:

Para insulina de ação rápida - dividir o valor absoluto 1500 pela quantidade de insulina diária. Assim, se você utiliza 30 unidades de insulina diariamente para manter sua glicemia próxima do normal calculamos 1500/30 chegando a 50mg, ou seja, será necessária 1 unidade de insulina para corrigir 50mg/dl.
Para insulina de ação ultra rápida - dividir o valor absoluto 1800 pela quantidade de insulina diária. Assim, se você utiliza 30 unidades de insulina basta calcular 1800/30 chegando a 60mg, ou seja, 1 unidade de insulina diminui em 60mg/dl a glicemia sanguínea.
É importante notar que o fator de sensibilidade varia para cada pessoa pois depende do metabolismo, da massa corpórea, da reação à insulina e, mesmo para um indivíduo, o fator pode variar de acordo com o horário. Assim, durante a dia o organismo de algumas pessoas pode precisar de mais insulina do que à noite, por exemplo.

Relação I:C (insulina/carboidrato): representa a quantidade de insulina necessária para "cobrir" uma determinada quantidade de carboidratos. É uma informação particularmente importante para quem faz o tratamento com base na insulinização intensiva, com o uso de insulina rápida ou ultra rápida.
Existe uma regra básica para determinar inicialmente esta relação de acordo com o peso corporal. Veja abaixo:
Peso........ Unidades insulina:CHO
45-49....... 1:16
49,5-58..... 1:15
58,5-62,5... 1:14
63-67....... 1:13
67,5-76..... 1:12
76,5-80,5... 1:11
81-85....... 1:10
85,5-89,5... 1:9
90-98,5..... 1:8
99-107,5.... 1:7
>= 108...... 1:6

É importante lembrar que estes valores servem apenas como referência inicial e que a relação deve ser ajustada para cada indivíduo com base no controle da glicemia sanguínea pós prandial.

Contagem de carboidratos: é uma estratégia alimentar que toma como base a quantidade de carboidratos de cada alimento ingerido.
Para o tratamento da DM1 é muito útil pois uma vez conhecida a quantidade de CHO de cada alimento e a quantidade ingerida do alimento, é possível determinar a quantidade de insulina necessária para cobrir os CHO da refeição. Isso proporciona mais flexibilidade no dia a dia. Falarei com mais detalhes sobre a contagem de CHO em outro momento.

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